sábado, 24 de setembro de 2011

Natal em Portugal etc

Ainda em dezembro, fui pra Portugal e tive um Natal digno. Junto com minhas tias fofas e conheci uma das minhas primas que mora nos States, uma pessoa muito bondosa.
Comi os mesmos bolinhos que meu pai sempre comentava que minha avó fazia pra ele e vi como era o original.
Conheci frio de verdade, sem aquecimento, só a bolsa de água quente nos pés e mil cobertores, além de lençóis grossos pro inverno.
Também vi essa minha rprima se desesperar quando  seu voo não saiu de Lisboa, por conta da neve nos States e justamente em New Jersey, onde ela mora.

Não que eu não tenha passado o mesmo na minha ida: o frio de -4 graus fez com que meu voo saisse, mas atrasasse e todos perdemos nossa conexão em Madrid, onde dormi para pegar o voo no dia seguinte. Infelizmente o hotel era perto do aeroporto e não vi nada da cidade...

O certo é que foi um dia estressante, mas que eu nem senti, sabe? Acho que sair de Londres e passar o Natal com família não tem preço.
Fiquei em Heathrow apavorada para que o meu voo estivesse entre os que não seriam cancelados e dei sorte, mas horas dentro do avião sem decolar, passando um calor horroroso foi barra pesada. Sim, o avião ficou hiper quente e as aeromoças tinham que trazer água toda hora para as pessoas...
Jogavam água quente no avião para tirar a neve de cima dele...
Eu entendi o problemão que ela traz, a conheci pessoalmente (ela e o trabalhão rs).

Meu laço com minhas tias, prima e os primos do meu pai ficaram mais forte: pessoas que guardo no coração com grande carinho e devo muito a eles todo carinho, dedicação, bondade e amor.
Não senti solidão e passei um Natal diferente: comendo bacalhau que eu nunca comi no Brasil (rsrs como a vida dá voltas rs) porque não aceitei que minha tia quebrasse uma tradição por minha causa. Minha prima me mostrou como se faz o arroz doce português, que é sequinho e eu achei mais gostoso que do jeito que fazemos no Brasil.
Além de ganhar roupas dela, uma colcha de cama feita de crochê pela minha outra tia.
A colcha ficou em Lisboa na casa da prima do meu pai, que é uma mulher fabulosa, me contou muito da vida dela e me mostrou o que é ser uma mulher de coragem, resignação e fé.

E, quando for a Portugal rever minhas tias e tio (que estava nos States com os filhos, netos e bisnetos - o tio do cd bonito), vou rever também os primos do meu pai, ela e o irmão dela (que é outro exemplo de vida), vou querer voltar sempre porque sei que não é só geneticamente que uma parte de mim está lá.



(voltei pra Londres pra nova casa e pra ver a desatrosa queima de fogos da London Eye)

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